segunda-feira, 21 de março de 2011

Ainda resta a serpentina

Pronto. Passou o natal, ano novo e, até mesmo, o carnaval. Quem sabe essa é a hora de limpar o armário, esvaziar as gavetas, esquecer os feriados e, finalmente, começar? Sim, em algum momento deve-se iniciar o ano. Seguir aquela eterna lista de coisas a fazer.

Com um espanador e um pano úmido, abro as portas da minha bagunça. Retiro fotos, bilhetes, contas antigas, elásticos de cabelo... e encontro no fim de toda desorganização um sobrevivente pedaço de serpentina azul.

Não consigo me lembrar o motivo que guardei a serpentina em meu armário. Talvez por preguiça ou desleixo. No entanto, consigo menos ainda compreender a minha incapacidade de jogar fora aquele pedaço amassado de papel azul. Admirava a fita colorida, sem coragem de me desvencilhar.

Sem me importar com o tardio início do ano em meados de março, dobrei a serpentina, coloquei na minha carteira e guardei um pedaço do carnaval em mim.