segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Saída de emergência

E chega dezembro. A época do ano em que mais recebo telefonemas, mensagens e, até mesmo, sinais de fumaça. Sabe aquele colega - detesto essa palavra, mas neste caso é inevitável- de trabalho que você nem se lembrava mais? Pois é, ele te enviou um e-mail desejando um próspero Natal e Ano Novo. Próspero? Esta é outra palavra deprimente que só escuto nestas datas comemorativas de dezembro.

E tudo conspira, junto com o repentino aparecimento do colega de trabalho, você recebe mensagem de todos os vendedores de lojas, inclusive, daquela que entrou apenas uma vez para comprar um presente para a sua avó. Mas todos eles estão ansiosos por sua comissão nas vendas de fim de ano e, por isso, fazem questão de te encontrar. Assim, ligam, mandam e-mails e SMS para anunciar o horário de funcionamento das lojas, suas promoções e vantagens para pagamento de presentes de Natal.

Ainda neste período festivo temos os incríveis "amigo-oculto". No meu caso, são três. O da faculdade, o dos amigos do colégio e o da família. E as expectativas são as mesmas de sempre: ou você vai ganhar um presente detestável, ou você vai tirar a pessoa que menos tem contato. E, é claro, que para completar, ainda vai ter que passar pela dolorosa etapa da descrição do seu "querido amigo oculto". A parte do constrangimento, a gente é obrigado a ignorar.

Neste ano me planejei para tornar dezembro um mês menos desagradável. Estou com os presentes dos meus amigos em mãos - para evitar o assédio de vendedores e lojas sedentos por dinheiro - e já coloquei o spam automático para qualquer e-mail com a palavra Natal, Próspero, Ano Novo etc. Agora, só falta construir uma saída de emergência para fugir das mesmas perguntas dos primos distantes em plena ceia de Natal - você trabalha em qual área mesmo? -, de preferência, com ar-condicionado central. Vale sempre lembrar que eu não sou chester ou peru para ficar no forno.